Cannes Lions 2025: o tributo a Olivetto que fez a Croisette parar !
Do “Creative Country of the Year” ao Grand Prix que cabe em 1 segundo
☝️☝️☝️☝️☝️☝️ENGLISH VERSION
Anteriormente no Curto Circuito : Os Excêntricos ! Toda semana, uma celebração do estranho, do encantado e do absolutamente inexplicável.
Post na terça? Sim, estamos tendo!
Se Cannes fosse um campeonato de samba-enredo, 2025 seria o ano em que o Brasil ganharia nota 10 em todos os quesitos. O Festival Internacional de Criatividade acaba de coroar o País como Creative Country of the Year e, para completar o quadro, anunciou uma homenagem especial ao publicitário Washington Olivetto, o “padrinho” da propaganda brasileira. Vamos dançar nesse bloco?
Brasil no topo do pódio
O reconhecimento oficial veio em março, quando a organização do festival criou a nova honraria e já cravou o Brasil como destinatário inaugural. Motivos não faltam: somos o segundo país que mais leva Leões (1 911 até 2024) e, de acordo com a WARC, os investimentos em publicidade devem crescer 7,9 % em 2025, sinal de um mercado que continua aquecido.
Tributo a Washington Olivetto — o Leão original
Washington Olivetto (1951-2024) foi o criador do primeiro Leão de Ouro do Brasil, em 1975, com o filme “Homem com mais de 40” para o Conselho Nacional de Propaganda. Ao longo de cinco décadas, empilhou mais de 50 Leões e deixou clássicos como “Primeiro Sutiã” (Valisere) e “Hitler” (Folha de S.Paulo).
Na edição de 2025, ele receberá uma homenagem póstuma cujo formato completo ainda não foi divulgado oficialmente. A organização promete celebrar seu legado ressaltando a frase-mantra: “não existe criatividade sem paixão”.
O Grand Prix de 1 segundo da Africa Creative
Na abertura das premiações, a agência Africa Creative colocou a assinatura brasileira no palco principal com “One-Second Ads” para Budweiser: micro-pílulas de áudio que viraram joguinho de adivinhar música e renderam o Grand Prix de Audio & Radio. Prova de que, às vezes, criatividade é falar muito… em 1 segundo.
Globo e o QG tupiniquim na Croisette
Para celebrar o título inédito, a Globo montou um pavilhão de 150 m² que mistura galeria de clássicos da propaganda, lounge com vista para o Mediterrâneo e — porque ninguém é de ferro — rooftop em ritmo de trio elétrico. Se networking fosse exportação, já estaríamos com superávit.
Por que todo mundo só fala da criatividade brasileira?
DNA de improviso — Do meme ao case global, viramos mestres em hackear cultura pop.
Diversidade como combustível — Quanto mais vozes, mais repertório; Cannes enxergou isso.
Tech-tropicalidade — IA e dados, sim, mas com bossa nova (e um toque de gambiarra genial).
Cinco faíscas para sua próxima brainstorm
Cronometragem criativa: seu insight cabe num Reels de 1 segundo?
Nostalgia turbinada: remixar referência antiga não é vergonha, é estratégia.
Soft-power local: troque clichê por sotaque — funciona em qualquer idioma.
Experiência híbrida: do rooftop físico ao metaverso de bolso.
Propósito pé-no-chão: discurso bonito, entrega melhor ainda.
Uma ótima conclusão…
Se 2024 foi o “Ano do Brasil no Oscar da Publi”, 2025 cravou a estatística e a festa. Enquanto os Leões rugem na Riviera, a criatividade brasileira — iluminada pelo legado de Washington Olivetto — prova que não é hype: é hábito.
👀 Se isso te fez pensar (ou rir), segue a gente no Instagram e vem junto nessa jornada.
💌 Quer continuar conectado? A Curto Circuito te espera no Substack – conteúdo com propósito.
🔁 Ajuda a ecoar. Compartilha com quem também precisa ler isso.
Texto incrível! 👏
Cheguei tarde mas cheguei. Gosto muito destes teus textos sobre criatividade e novidades mas o que eu gosto ainda mais é de alguns conceitos que deixas aqui como "tech-tropicalidade" ou "nostalgia turbinada" posso roubar? Quero usar isto num contexto muito fora, tipo na fila do pão "a culpa da subida dos cereais é da tech-tropicalidade"...